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mundial dedicado as pesquisas com a
Poliacrilonitrila
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A glicerina ou glicerol, quimicamente 1,2,3-propanotriol, é um insumo muito valioso na produção de uma “Poliacrilonitrila Verde” totalmente sustentável, seja para a produção de fibras acrílicas ou fibra de carbono, já que pode sofrer desidratação e amoxidação em condições adequadas para produzir a Acrilonitrila.
Além disso, pode ser empregada como plastificante da Poliacrilonitrila em processos termoplásticos de produção de fibras e outros tipos de produtos obtidos por extrusão ou injeção
O que torna a Glicerina atrativa para a cadeia de sustentabilidade da Poliacrilonitrila é sua disponibilidade a baixo custo devido à crescente produção de Biodiesel no mundo.
A glicerina é um subproduto formado na proporção de 10% durante a produção de biodiesel, pelo processo de transesterificação que utiliza o óleo vegetal e metanol. O crescimento de sua produção é diretamente proporcional ao aumento da demanda mundial por biodiesel, que tem ocorrido para substituição de combustíveis fósseis. A partir da década de 1990, o biodiesel tem sido apontado como uma alternativa viável por razões ambientais, econômicas e estratégicas para garantir aos países independência dos combustíveis fósseis, principalmente do petróleo que deverá acabar em alguns anos.
O mercado de biodiesel no Brasil foi de 5,9 milhões de m3/ano em 2019, o que equivale a um excedente no mercado de 590 mil m3/ano de glicerina, já que toda a glicerina consumida no País para aplicações na indústria de cosméticos, alimentos e farmacêutica, em torno de 20 mil toneladas por ano, é derivada de processos de saponificação que não utiliza metanol e sim hidróxido de sódio. No mundo, a produção foi 23,1 milhões de m3/ano gerando uma produção de glicerina de mais de 2 milhões de m3.
O Brasil é um grande exportador de glicerina, tendo exportado em 2019 cerca de 303,9 mil toneladas de glicerina bruta que tem um teor médio de 80% de pureza. O preço do valor médio pago nesta glicerina bruta foi de aproximadamente US$ 150/tonelada no período 2019-2020. O principal mercado comprador foi a Ásia, principalmente a China.
A maior parte da glicerina bruta do Brasil é oriunda de óleo de soja (70%), sendo uma outra parte proveniente de gordura de animal e óleo de algodão. Uma proporção pequena de outros óleos são usados também na matriz de biodiesel do Brasil como: óleo de palma, óleo de amendoim, óleo de nabo-forrageiro, óleo de girassol, óleo de mamona, óleo de sésamo, óleo de canola, óleo de milho e óleo de fritura.
